Walda era moça doce à primeira vista, mas que com o tempo, quando se conhecia melhor, era ardida e grudenta. Pobre do homem que cedia aos seus encantos sem maiores cuidados. Foi o caso de Júlio, que começou a namorar Walda em Agosto e a largou em Setembro.
O caso se deu da seguinte maneira. Se encontraram numa destas casas de shows, onde tocava uma banda de pagode iniciante, com nome engraçado e talento duvidoso. Júlio, como sempre, estava encostado no balcão, fazendo calo no cotovelo enquanto tomava seu quinto gim com soda. Walda dançava com as amigas, escondida na fumaça de gelo seco que saia do palco onde a Jeito Malaco - acho que era esse o nome infame - tocava sua quinta música, que parecia muito com a primeira, a segunda, e todas as outras. Walda era linda e estava bem vestida, um mulherão que Júlio não podia nem sonhar em ter. Mas quem disse que a lógica interfere no mundo dos sonhos. Júlio olhava para Walda como um cachorro olha para o frango que gira na padaria. E Walda girava, e girava, e a cabeça de Júlio também, um pouco pelos efeito dos agora sete gins, muito pelo encanto da moça linda que continuava a girar. Quando viu que seus dois amigos, Jorjão e Felipe, já estavam arranjados com suas respectivas Waldas, tomou coragem e foi. Eram 23:37 do dia 31 de Agosto. "Nunca te vi por aqui", começou Júlio.
- Eu nunca estive aqui! - respondeu Walda animada.
- Gosta do Jeito Malaco? - ainda não tenho certeza se era esse o nome da banda.
- Não muito, mas estou realmente muito bêbada, nem ligo.
- Legal.
- O que?
- O que, o que?
- O que é legal?
- Ah, só falei por falar. Sou meio tímido.
- Ah.
Demorou cinco minutos para começarem a se agarrar ao som dos pagodeiros. Demorou mais cinco para Walda falar em namoro e deixar Júlio apavorado. Em menos de meia hora Júlio saia correndo do lugar, com a Walda gritando atrás dele. "O que foi que eu fiz? Por que você não me ama mais? Quem é essa outra vagabunda?" Júlio não entendeu nada, e como já não era disso, nunca mais arriscou tirar o cotovelo do balcão. Jorjão e Felipe tiram sarro dele até hoje.
O caso se deu da seguinte maneira. Se encontraram numa destas casas de shows, onde tocava uma banda de pagode iniciante, com nome engraçado e talento duvidoso. Júlio, como sempre, estava encostado no balcão, fazendo calo no cotovelo enquanto tomava seu quinto gim com soda. Walda dançava com as amigas, escondida na fumaça de gelo seco que saia do palco onde a Jeito Malaco - acho que era esse o nome infame - tocava sua quinta música, que parecia muito com a primeira, a segunda, e todas as outras. Walda era linda e estava bem vestida, um mulherão que Júlio não podia nem sonhar em ter. Mas quem disse que a lógica interfere no mundo dos sonhos. Júlio olhava para Walda como um cachorro olha para o frango que gira na padaria. E Walda girava, e girava, e a cabeça de Júlio também, um pouco pelos efeito dos agora sete gins, muito pelo encanto da moça linda que continuava a girar. Quando viu que seus dois amigos, Jorjão e Felipe, já estavam arranjados com suas respectivas Waldas, tomou coragem e foi. Eram 23:37 do dia 31 de Agosto. "Nunca te vi por aqui", começou Júlio.
- Eu nunca estive aqui! - respondeu Walda animada.
- Gosta do Jeito Malaco? - ainda não tenho certeza se era esse o nome da banda.
- Não muito, mas estou realmente muito bêbada, nem ligo.
- Legal.
- O que?
- O que, o que?
- O que é legal?
- Ah, só falei por falar. Sou meio tímido.
- Ah.
Demorou cinco minutos para começarem a se agarrar ao som dos pagodeiros. Demorou mais cinco para Walda falar em namoro e deixar Júlio apavorado. Em menos de meia hora Júlio saia correndo do lugar, com a Walda gritando atrás dele. "O que foi que eu fiz? Por que você não me ama mais? Quem é essa outra vagabunda?" Júlio não entendeu nada, e como já não era disso, nunca mais arriscou tirar o cotovelo do balcão. Jorjão e Felipe tiram sarro dele até hoje.
Comentários