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Mostrando postagens de 2013

Ontem foi dia dos professores

Ontem foi dia dos professores. Recebi algumas mensagens de parabéns de ex-alunos e alguns atuais. Claro que eu fico feliz, lisonjeado pela lembrança e tal, mas confesso que não sinto que mereça. Explico, eu não sou professor, eu dou aulas. E, acredite, uma coisa é bem diferente da outra. Dou aula por pura paixão pelo assunto que eu trato, também como hobbie e, por que não, como um complemento de orçamento. Ser professor é outra coisa muito diferente e bem mais complicada. Tem que ver com doação completa, com ideais bem específicos, crenças inabaláveis sobre o que realmente importa para a construção de uma sociedade, e é aí que a coisa complica. Lembro que, logo que me formei, resolvi fazer um mestrado. Muito mais por não saber onde iria trabalhar ainda do que qualquer outra coisa. Logo que comecei o programa, tivemos um almoço de família na casa de meus pais. Quando meu velho contou para a família que eu tinha começado os estudos para me tornar mestre (meu velho adora grande

Cheiro bom

É estranho um cara com o nariz que eu tenho nunca ter escrito nada sobre aromas, odores e afins, certo? Não. Uma coisa não tem nada que ver com a outra. Nariz grande não quer dizer que cheiro melhor. Uma vez tentei entender mais de vinhos, e foi quando descobri que meu olfato é uma porcaria. Cheguei a me animar em uma das aulas que fiz sobre o tema. Enquanto o enólogo descrevia as notas frutadas do tinto que estávamos analisando, com um leve toque de sei lá o que, lembrando alguma coisa das savanas do sudeste sei lá de onde, e assim por diante, eu estava tão empolgado que sentia o gosto do vinho enquanto inspirava com o nariz enfiado na taça de cristal. Foi quando me dei conta que era o gosto mesmo. Meu narigão chegou ao fundo da taça e eu estava literalmente tomando o vinho. Foi aí que desisti de ser metido a besta. O fato é que, mesmo com meu olfato precário, em alguns momentos ele me surpreende e ajuda a trazer lembranças deliciosas da vida. E hoje foi um desses dias. Sol

Quero me mudar para Guamiranga

Um dos meus planos de coisas a fazer antes de morrer é clichê para homens se aproximando da crise da meia idade. Quero muito, veja só, alugar uma Harley Davidson e percorrer a gloriosa Route 66 , de ponta a ponta. Eu sei, patético, mas o que posso fazer? Quero muito esse negócio e, se tudo correr bem, quando os guris estiverem independentes, vou levar minha pequena comigo e vamos encarar o desafio. Por enquanto, tenho que me contentar com menos. Minha experiência com road trips teve que, digamos, encolher um pouco. Há algumas semanas, fui convocado para dar aula em Toledo, no oeste do Paraná. Por um problema no aeroporto de Cascavel, tive que encarar a viagem de carro. Transformei o limão numa limonada, como dizem. Como a aula era na sexta à noite e no Sábado de manhã, fui de Curitiba para Ponta Grossa na noite de quinta com a família, dormi por lá, acordei muito cedo na sexta, troquei de carro com meu pai (o carro do velho é fantástico para viagens longas) e parti. De Pon

E daí se fosse apenas pelos 20 centavos?

O Jabor foi extremamente infeliz em seu comentário precoce sobre a onda de protestos que estamos vivendo. Mas o Jabor é um infeliz por natureza. Seus comentários são baseados em inveja, como foi quando comentou o Oscar pela Rede Globo anos atrás, mostrando todo o seu recalque de cineasta fajuto e sem relevância. Ninguém tem que dar bola para o Jabor. A questão é, por que temos vergonha de lutar por apenas 20 centavos? Qual é o problema? Se estiver errado, está errado. Ponto. Temos que reclamar. Vão me chamar de louco, de tapado, de míope, mas é melhor uma luta focada, pragmática, com alvo bem definido, como o aumento de 20 centavos, do que gritaria sem foco. Esse é o momento de termos visão de raio laser, para irmos derrubando cada um dos pontos que assolam nossa população. São vários, mas mirar direitinho em um por um é melhor do que atirar para o céu contra todos. Não me entenda errado, atirar para o céu, ou gritar sem um foco bem definido, é melhor do que nada. E só por iss