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Mostrando postagens de março, 2007

Home, home again!

Por muitos anos achei que ver o Pink Floyd sem o Roger Waters, ou o Roger Waters sem o Pink Floyd seria uma perda de tempo. Perda de tempo é ser tapado como uma mula, como eu fui na primeira vez que ele veio ao Brasil. Um fã do Floyd como eu não pode se dar ao luxo de desdenhar das migalhas que a lendária banda eventualmente deixa cair aqui no hemisfério sul. O que eu estava esperando, uma reunião improvável da banda, com apresentação no Brasil? Tenha dó! Em 2002, quando o velho Waters se apresentou pela primeira vez por aqui, fiz cara de quem não estava nem aí e perdi o show. Desta vez não! Com organização impecável, o show no estádio do Morumbi começou pontualmente às nove horas da noite. O céu completamente estrelado e a lua crescente anunciavam a grande atração da noite, a execução completa do clássico álbum Dark Side of the Moon, de 73. Minha querida estava comigo, o que tornou o momento ainda mais especial. Ela nunca deu a mínima para as músicas do Pink Floyd e do Roger Waters, e

Os primeiros ares de abril *

Ah Deus, eles chegaram! Os primeiros ares de abril O sol latejante, o vento já frio Que efeito eles têm Os primeiros ares de abril Não parece tristeza, não parece verdade Os prédios crescem sobre a cidade Fico oprimido, fico vazio quando eles chegam Os primeiros ares de abril * tradução livre do original em inglês

O Impostor

Minha família é um resumo bem humorado do mundo das artes. Tenho tio escultor, pintor, chef de cousine, arquiteto e comediante. Alguns profissionais, outros amadores, mas todos com grandes feitos. Tio Joaquim, por exemplo, um puta artista plástico. Nunca vou esquecer a pilha de latas de cerveja que ele fez no verão de 87 em Camboriú. Entrou para a história com seus 27 andares de “Antarcticas” de ferro tentando se equilibrar debaixo daquele sol absurdo de janeiro. Na época em que só janeiro tinha sóis absurdos. Tem também a tia Amélia, grande arquiteta. Aprontamos várias juntos, pois ela tem quase a minha idade, ou eu tenho quase a idade dela, já que ela chegou primeiro. Já fugimos de casa, já roubamos o carro de meu pai para passear, já fizemos de tudo. Era sempre ela quem arquitetava. Ah que saudades da tia Amélia, aquilo é que era arquiteta de verdade. E a lista só vai crescendo. Tio Jonas, com sua original imitação de Silvio Santos, um rei das artes cênicas. Tia Juliana e sua famosa