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Mostrando postagens de junho, 2009

O que vale é o busão

Acordo as cinco, chego ao aeroporto as seis, voo as sete, chego ao Rio as nove, me enrolo um pouco, decido conhecer o Rio, pego um táxi-guia, em três horas com meu novo amigo Marcelo vejo a casa do Roberto Carlos, a casa do Roberto Marinho, nenhuma outra casa de nenhum outro Roberto, Copacabana e o Copacabana Palace , Leblon , Ipanema, Urca e o Morro da Urca , várias favelas, a maioria de longe, o aterro do Flamengo, o Maracanã , o lugar onde o Ronaldo (me recuso a dizer, o Fenômeno ) começou sua carreira, o mirante de Santa Marta, o Jardim Botânico (bem de longe), o Cristo (mais de longe ainda), o Pão de Açúcar, o Pinel , a Lagoa Rodrigo de Freitas, as casa de praia de D. Pedro e da Princesa Isabel, a praia do Botafogo , a praça da Apoteose, a passarela do samba, o aeroporto Santos Dummont e o Tom Jobim , a ponte Rio - Niterói , a ilha do governador, a linha vermelha, a igreja da Candelária, quatro ou cinco caveirões e o simpático pessoal do Bope , a floresta da Tijuca , a centr

Rock de Porão

O tempo faz bem ao bom rock. Ele é um filtro natural entre o que é perene e o que expirou e, mais importante ainda, descola os rótulos que insistimos em colocar no que é novo. É como uma boa garrafa de vinho que sobrevive ao tempo e você encontra no porão do seu avô sem o rótulo. Naquele momento, você não sabe se o vinho é bom ou não, se sobreviveu ao tempo ou não. Sequer sabe que nome deram para ele. Tira a rolha, toma um gole e descobre. Fico imaginando meu filho recém -nascido descobrindo minha coleção de CDs. Para ele não fará a menor diferença se o Green Day era classificado à época como punk rock, power pop , hardcore melódico ou qualquer outro nome que se dê hoje ao tipo de música que eles fazem. Ele vai escutar Dookie como hoje eu escuto Never Mind the Bollocks , um clássico absoluto. Vai escutar Radiohead como eu escuto Dark Side of the Moon e Damien Rice como eu escuto Springsteen . Não me interessa como classificavam o Floyd , os Pistols ou o Boss em su

Uma canção torta de esperança

Since when did you start laughing? Since when do you like the rain? It’s a game I play, it’s a simple thing Just trying to stop the time again If you grow up faster than I can learn You will end up taking care of me instead So I have got no time to burn Got to look ahead, just look ahead Words of hope is what I am trying to find But the hope is not on words, it’s in you Just to look at your face, it blows my mind What can I do? Tell me what am I supposed to do? So when I stop laughing and start praying to stop the rain Come around my son to remember me who I am Even if you don’t need me anymore

Como um alemão sente saudades

Quase sempre a distância traz lucidez. E saudades, obviamente. Se bem que, se saudade fosse tão obvia , não seria omitida em idiomas tão importantes quanto o inglês, por exemplo. Estou falando da palavra, que fique claro, pois os ingleses, americanos, canadenses, australianos e outros povos falantes da língua de Shakespeare também a sentem, mesmo sem terem uma palavra única e exclusiva para descrevê-la. Ah, como a vida fica mais fácil quando se nasce em um país cujo idioma tem o nível de riqueza do nosso português. Nunca estudei (e nem sei se tenho competência para tal) a teoria da relatividade de Einstein, mas sei - porque sinto - que ele tinha razão. O tempo é de fato relativo. Já fiquei uma semana inteira longe de vocês, e depois mais outra, morrendo de saudades, mas com tudo sob controle. Estava aqui pertinho . Agora que estou do outro lado do mundo, há apenas 12 horas, mesmo sabendo que nossa palavra, merecedora de todo o primeiro parágrafo, não existe por aqui e que ela não vai