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Mostrando postagens de outubro, 2010

7 Canções e 1 Ilha Deserta - Ensaio II - Preaching the End of the World

Quando os acordes de Smeels Like Teen Spirit voltaram as atenções do mundo para Seattle, o rock estava salvo de mais uma de suas mortes anunciadas. O termo grunge já estava sendo usado para definir o “som de Seattle” muito antes do hino do Nirvana explodir em repetidas aparições na MTV, mas foi à partir deste momento que este novo gênero musical – que na verdade de novo não tinha nada, a não ser pela habilidade de trazer para o indie rock elementos do punk e do metal – ganhou o mainstream. Além de grandes bandas e excelentes canções, o pessoal do coturno, calças jeans rasgadas no joelho e camisas de flanela xadrez tipo lenhador deixou um legado menos comentado ao longo dos anos. Surgiram daquelas terras frias e chuvosas alguns dos melhores vocalistas de rock dos nossos tempos. Eddie Vedder, do Pearl Jam, é o mais óbvio e menos unanime de todos, mas outros dois, Mark Lanegan e Chris Cornell, são o que de melhor surgiu em Seattle em termos de gogó. Lanegan nos emociona com seu vozeirão

7 Canções e 1 Ilha Deserta - Ensaio I - Black

Black é uma balada descomunal. Umas das últimas grandes do rock. Lançada no início dos anos 90, localizada no meio do “classic album” Ten do Pearl Jam, é uma música que fala sobre a dor de não poder ter quem você ama. Tema adolescente – ou pelo menos gosto de pensar assim – retratado de forma adulta e sensível. A música acompanha as letras nesta dicotomia. Forte e decidia, é ao mesmo tempo chorosa e cheia de esperança. É a primeira – e uma das últimas – vez que o canto chorado de Eddie Veder soa autentico e emocionante. Como sempre com as letras dele, fica difícil saber exatamente sobre o que está cantando, bem como entender todas as palavras, mas isso não importa muito. Você sente que é real. Nas primeiras versões ao vivo da música, lá pelo final, quando a guitarra já está arrematando a cancão, um “We belong togheter” surge repetidamente, em tom de desespero. A letra original não tem esta parte. Adoro estas versões justamente porque este desespero final manda às favas toda a poesia