Pois é, voltei! Não deu para ficar tanto tempo longe quanto eu planejava, mesmo por que a pinta das costas era só uma sujeira antiga que encracou. Uma esponja nova resolveu o assunto. Já me acostumei com o travesseiro novo e as meias já estão acostumadas com os meus pés. Além do mais, sei que vocês não aguentam mais de saudades das minhas bobagens. Espero que os três tenham se comportado. O que? Só dois? Como assim desistiu? Bom, falando em mudanças, tenho um texto sobre chuveiros. Abraço a todos.
Tudo é velho agora. Eu tenho rolhas de vinhos que tomei esses dias, datadas de 15 anos atrás. Livros de 2006 que ainda não li, datados também, com meu nome em cima. Tenho filhos grandes, alguns empregos no currículo, lembranças que se confundem. E me confundem. Acho que datados não são os livros, ou as rolhas de vinho. Datado sou eu. Mas não me sinto assim, o que provavelmente é bom. Ou talvez patético. Fiz uma tatuagem nova outro dia. A tatuagem é nova, os temas antigos. Bandas que gosto há mais de 30 anos, um livro que escrevi há mais de 10. Tudo é velho agora. Os souvenires, os quadros, os móveis e principalmente os uísques. Os uísques são muito velhos, mas já foi-se o tempo em que todos eram mais velhos que eu. Hoje em dia nem todos, só os melhores. Talvez esse seja o segredo, ficar datado como os melhores uísques, não como os piores discos. Envelhecer, sei lá, mais como um Macallan do que como o Momentary Lapse of Reason. Falando em Momentary Lapse o Reason, o Pink Floyd
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Kisses!