Se tem uma coisa que me incomoda são crianças prodígio. Qualquer mirim que se atreva, ou seja forçado pelos pais, a fazer coisas típicas de adultos, me irritam profundamente. Se você lembra de um cantor francês chamado Jordi, sabe do que estou falando. Nenhuma criança deveria tentar cantar.
Imagine este cidadão vendo os vídeos que gravou quando era criança. Deve ter passado a adolescência trancado no quarto, e hoje deve estar vivendo em algum lugar distante de sua terra natal, como por exemplo, no interior de São Paulo. Deve ter mudado seu nome para Jordão (mais uma questão de auto-afirmação), e jura que apesar do sotaque, nasceu e viveu a vida toda no Brasil. Casou com uma baiana e faz acarajé todos os Domingos na feira. Tem uma estranha fixação pela barraca de crepes e o nome de seu cachorro, Petit Chanteur, é pouco convencional na região onde mora. A baiana sonha em conhecer Paris, e está até fazendo um caixinha para a viagem. Ele nunca explica porquê, mas tenta convencê-la a mudar o destino de seus sonhos. A maior ironia de todas é que o passatempo preferido da baiana é cantar no karaokê do bar do Zé. Na verdade o Zé é alemão, mas esta história é outra. Na verdade a mesma, mas outra. Ela sempre insiste para que Jordão a acompanhe nos microfones do bar, mas ele prefere acompanhar Zé nos copos de cachaça. Pobre baiana, se soubesse como canta mal o seu marido. O filho deles já tem onze anos e adora escutar músicas antigas de cantores e cantoras franceses. Não as do pai.
Imagine este cidadão vendo os vídeos que gravou quando era criança. Deve ter passado a adolescência trancado no quarto, e hoje deve estar vivendo em algum lugar distante de sua terra natal, como por exemplo, no interior de São Paulo. Deve ter mudado seu nome para Jordão (mais uma questão de auto-afirmação), e jura que apesar do sotaque, nasceu e viveu a vida toda no Brasil. Casou com uma baiana e faz acarajé todos os Domingos na feira. Tem uma estranha fixação pela barraca de crepes e o nome de seu cachorro, Petit Chanteur, é pouco convencional na região onde mora. A baiana sonha em conhecer Paris, e está até fazendo um caixinha para a viagem. Ele nunca explica porquê, mas tenta convencê-la a mudar o destino de seus sonhos. A maior ironia de todas é que o passatempo preferido da baiana é cantar no karaokê do bar do Zé. Na verdade o Zé é alemão, mas esta história é outra. Na verdade a mesma, mas outra. Ela sempre insiste para que Jordão a acompanhe nos microfones do bar, mas ele prefere acompanhar Zé nos copos de cachaça. Pobre baiana, se soubesse como canta mal o seu marido. O filho deles já tem onze anos e adora escutar músicas antigas de cantores e cantoras franceses. Não as do pai.
Comentários
Adorei!