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Grandes Questionamentos

Grandes questionamentos acerca da vida moderna de hoje-em-dia neste mundo globalizado onde a velocidade das mudanças alcança níveis nunca antes imagináveis, da exceção se faz a regra, se fuma menos e se corre mais


Será que o carro elétrico será bivolt? Se não for, como é que eu vou fazer para ir a Santa Catarina? Já é difícil ter que carregar o transformador do secador de cabelos de minha mulher, imagina o do carro. Me resta torcer pelo bom senso dos engenheiros, ou seja, tô lascado!


Quando um fotógrafo profissional entra em ação em festas de casamento e formaturas, geralmente tira mais de uma foto como garantia. Garantia de que? Se tira a foto do povo na mesma posição, com a mesma luz e o mesmo fundo, qual a vantagem? Na era da fotografia em filme até dava para entender, mas com a tecnologia digital fica difícil. Se o cartão de memória pifar, dificilmente (para não dizer impossivelmente) alguma foto se salva.


Se manteiga fazia mal e margarina era a solução, como é que hoje é o contrário? Não sabiam antes ou queriam vender mais margarina? Veja bem, não estou reclamando, manteiga é bem, mas bem melhor. Aliás, neste tema de coisas que faziam mal e agora fazem bem e daqui a pouco farão mal novamente temos vários exemplos. Mas não vou ficar fazendo lista.


Hoje mandei um email para meu vizinho de mesa no trabalho cobrando um prazo que tínhamos combinado. O cara ficou puto e disse “porra meu, eu tô aqui do teu lado, vira a cabeça e fala o que você tem prá falar”. Respondeu por email.


Falando em email, recebo uns 40 por dia, a grande maioria de pessoas que querem resolver seus problemas sem tirar a busanfa da cadeira. Gente moderna que tira duas fotos da mesma pose, que já está preocupada com o carro elétrico em Santa Catarina e não vive sem manteiga ou, dependendo da época, margarina. A grande maioria gente muito boa mas que se preocupa demais.

Comentários

Realmente essas são questões a serem refletidas por muitos anos ainda...rsss...
Adorei a intro!
beijo!

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História de fim de dia

O pai chegou em casa cedo naquele dia. O pequeno estava na sala, com alguns amigos que tinham vindo com ele do colégio para brincar de videogame. A mais velha estava no quarto, com alguns amigos que não tinham vindo com ela do colégio, batendo papos virtuais. A mãe estava no banho. O cachorro em todos os lugares. Chovia lá fora. Como as crianças já estavam cansando de matar monstros e fazer curvas impossíveis, o pai resolveu contar uma história. Atividade antiquada essa de contar histórias, com a TV desligada, onde já se viu. Mas não demorou muito para o pequeno e seus pequenos colegas vidrarem seus pequenos olhos no pai, mal respirando. Era sobre um ser que viveu aqui por essas paradas, há muito tempo. Um ser verdadeiramente iluminado. Apesar de não ser humano, era amigo de todos. Cada vez que ele aparecia para uma visita, nem que fosse breve, todos se alegravam. Ele inspirava planos, sonhos, música. Enquanto o pai contava, a filha mais velha se juntou à gangue. Ouviu o silêncio

O ensaio acabou

O ensaio acabou. Eles estavam exaustos. O ventilador de mesa nunca dava conta de mantê-los sãos nos dias de verão. Nos intervalos, cigarros e tererês, enquanto o guitarrista brincava na bateria (amor antigo para o qual nunca se entregou, mas continuava paquerando). A casa era de madeira, do baterista obviamente. No quarto ao lado, dormia a recém-nascida. Em poucos dias gravariam o primeiro CD, na época em que gravar CDs era um grande feito. As músicas estavam no ponto, ou pelo menos era o que achavam até entrarem no estúdio. O estúdio também não tinha ar condicionado, a não ser na sala de gravação. Estavam todos ansiosos. Foram dois dias só para ajustar e gravar a bateria (só o guitarrista teve saco de acompanhar todo o processo). Duas semanas no total para finalizar a obra. Depois de muitos cigarros, cervejas, erros e stress, a bolachinha ficou pronta. A pior parte foi a mixagem. A pior parte é sempre a mixagem. É quando você tenta arrumar o que não tem conserto.

Sem Planos

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