Meus filhos, e todas as crianças que conheci até hoje, adoram brincar de esconde-esconde. Eu me divirto demais quando eles são bem pequenos ainda, e não têm um pingo de malandragem. Escondem-se nos lugares mais óbvios, e acreditam do fundo do coração, como se fossem invisíveis, que ninguém os está vendo. E ainda ficam dando aquela risadinha, bem baixinha, como se estivessem fazendo todos de trouxas. É assim que eu sempre ouvi as músicas do No User for a Name, banda de hardcore melódico do gênio, Tony Sly. O primeiro disco dos caras que eu conheci foi o clássico “Leche com Carne”, gravado para mim em fita K7 por um dos irmãos da cena harcore curitibana. Pouco tempo depois, em uma viagem à França com minha querida mãe, comprei o “Making Friends”, que havia sido lançado naquela semana, para mim o melhor disco de HC da história e provavelmente o CD que eu mais escutei até hoje. Só no discman que levei naquela viagem, devo ter escutado umas 30 vezes em uma semana. E que porra uma
"A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" Gabriel García Márquez