Não sou compulsivo com comida, mas desde sempre uma das coisas que mas me deixa irritado é estar com fome. Se tenho uma reunião de trabalho que começa ao meio-dia, tenho que comer alguma coisa antes para conseguir me concentrar no assunto. Se vou jantar fora e a comida começa a demorar, começo a olhar para os lados e perder a paciência. Acho que é mais uma herança de família. Quando minha avó paterna era viva e íamos almoçar na casa dela aos domingos, invariavelmente as crianças estavam com fome muito antes do almoço ficar pronto. Minha avó, que não conseguia ver os netos descontentes, improvisava um pão francês com margarina e açúcar que, se no conceito parece terrível, na prática salvava nossas vidas, e principalmente a dos adultos, que não precisavam ficar aguentando choradeira. Esta receita é uma das primeiras das quais me lembro com muito carinho. Nunca tive coragem de experimentar depois de adulto, para não estragar a boa lembrança. Já cometi este erro ao assistir à versão origin
"A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" Gabriel García Márquez