Por muitos anos achei que ver o Pink Floyd sem o Roger Waters, ou o Roger Waters sem o Pink Floyd seria uma perda de tempo. Perda de tempo é ser tapado como uma mula, como eu fui na primeira vez que ele veio ao Brasil. Um fã do Floyd como eu não pode se dar ao luxo de desdenhar das migalhas que a lendária banda eventualmente deixa cair aqui no hemisfério sul. O que eu estava esperando, uma reunião improvável da banda, com apresentação no Brasil? Tenha dó! Em 2002, quando o velho Waters se apresentou pela primeira vez por aqui, fiz cara de quem não estava nem aí e perdi o show. Desta vez não! Com organização impecável, o show no estádio do Morumbi começou pontualmente às nove horas da noite. O céu completamente estrelado e a lua crescente anunciavam a grande atração da noite, a execução completa do clássico álbum Dark Side of the Moon, de 73. Minha querida estava comigo, o que tornou o momento ainda mais especial. Ela nunca deu a mínima para as músicas do Pink Floyd e do Roger Waters, e
"A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" Gabriel García Márquez