Um ano de casa nova, o que para mim significa meu primeiro ano morando fora de um apartamento. Eu sei, sou piá de prédio, empinava pipa no ventilador, fazia acampamento no carpete da sala e tal. Não precisa falar. Mas isso mudou. Maridos de aluguel, tremei! Não precisamos mais de vocês. Agora eu tenho furadeira (emprestada do sogro tá bom, mas tenho) e já descobri que existem brocas para diferentes tipos de superfície. Eu limpo a piscina, faço pequenos consertos na cisterna, na bomba d´água, em instalações elétricas (e não estou falando de trocar a lâmpada engraçadões), molho a grama e, pasmem, lavo o carro. Sim, eu lavo o carro com a ajuda imprescindível dos meus dois meninos. Com água da chuva, é claro, devidamente armazenada, afinal, somos ecologicamente corretos, o que significa que em Curitiba é obrigatório a ter cisterna para água da chuva senão a prefeitura não aprova o projeto da casa. Mas a principal mudança, a que me qualifica definitivamente como um homem, digamos
"A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" Gabriel García Márquez