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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Até que a morte ...

Fui bom enquanto durei. Mais oito páginas e eu acabaria o livro que estava lendo, mas não deu tempo. Ela é muito diferente de como a descrevem por aí. Parece muito com um taxista gordo e tagarela que vai te conduzir através da cidade. Só que desta vez não era através da cidade. Como fiquei com medo de que meu enjôo de andar no banco de trás tivesse passado comigo desta para melhor (ou de pior para esta, sei lá como é que falam por aqui), sentei no banco da frente, ao lado da motorista. Sempre gostei de um bom papo com motoristas de táxi gordos e tagarelas, coisa que deixava minha esposa perplexa. E de saco cheio. Desta vez não foi diferente. E, acredite, a morte tem muita história para contar. Escutei pacientemente cada uma delas, fazendo todos os sons que indicassem interesse e compreensão. E as histórias duraram uma eternidade – sem gozação. Fiquei na dúvida se estava a caminho do inferno ou se já tinha chegado. Comecei a pensar se era possível morrer duas vezes. Se fosse me jogari