Anos depois, acabei vendo sem querer um episódio do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Era o famoso episódio da série antiga em que aparece o Minotauro em seu labirinto. Na hora em que apareceu o dito cujo, não sei se me assustei com as lembranças do susto que tive na infância ou com a péssima qualidade da fantasia que criaram para o infeliz do ator, que aliás já deve estar de saco cheio de ser chamado de chifrudo. Inacreditável como uma coisa tão mal feita podia ser tão convincente. Se uma criança dos dias de hoje, em um dia no qua a TV a cabo esteja com defeito, acabar em uma rede de sinal aberto e assistir ao episódio, vai querer saber porque aquele tio está com aquela máscara brega de chifres de papelão. Se chorar, vai ser porque está perdendo o episódio diário de Backyardigans, ou qualquer outra coisa que as crianças adoram hoje em dia. Apesar de ainda não ter filhos, tenho acompanhado de perto a infância da minha sobrinha, que aos quatro anos já sabia navegar pela Internet, em sites tão
"A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" Gabriel García Márquez