Tenho uma amiga, que depois de levar algumas rasteiras da vida, está com vontade de tatuar uma pulga atrás da orelha. Não duvido que ela o faça, e que vire moda. Afinal, como não ter uma pulga atrás da orelha depois de um ano como 2006. Não sou dado a retrospectivas, afinal, o que passou, passou. O problema de 2006 é que o que passou, não passou, continua passando. Nosso querido presidente falando bobagens relacionadas ao futebol, que supostamente têm algo haver com a situação do país, mas que ninguém entende. Mais um corte insignificante na taxa básica de juros. Mais um "pequeno" roubo impune. Mais um atentado em algum lugar do oriente médio, com uma série de mortes e mães chorando. Mais um grau na temperatura média da terra. Mais uma empresa abrindo as portas na China. Mais um grupo de funk carioca feito nos Estados Unidos. Desde quando o mundo ficou monótono? O único evento que quebrou a monotonia do ano no Brasil foi a crise aérea que se estabeleceu desde outubro, quando
"A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la" Gabriel García Márquez