Pular para o conteúdo principal

Fim de semana

O fim-de-semana começou e terminou com teatro. O recheio foi de moqueca e uma caminhada de duas horas e meia, mas o teatro foi o grande evento. As duas peças foram muito interessantes e completamente diferentes uma da outra. A primeira, “Temporada de Gripe”, é um drama sobre a vida e os relacionamentos que a compõe. O grande lance é que o prólogo e o epílogo fazem parte da peça como personagens, criando as situações mais interessantes das duas horas de espetáculo. A outra peça é uma adaptação de uma história antiga chamada “O Inspetor Geral”. Escrita na Rússia em mil oitoscentos e alguma coisa, é uma comédia excelente e muito bem montada.
E o recheio? Bem, o recheio como sempre foi fantástico. A moqueca causou alguns problemas, já conhecidos de todos os que se aventuraram na culinária nordestina sem muita cautela. De qualquer forma, nada que não mereça replay. Logo depois desta aventura gastronomica, a grande loucura da tarde foi uma caminha de uns dez quilômetros. Duas horas e meia de puro sofrimento. É claro que valeu a pena, pelo menos para diminuir a culpa da moqueca. Não que a moqueca tenha culpa.
No Domingo, nada de especial. Programas caseiros típicos como assistir os velhos episódios de “Friends”, brincar com a guitarra e dormir bastante. E, é claro, a ressaca da moqueca e a expectativa do “Inspetor Geral”.
De qualquer forma, foi mais um típico fim-de-semana curitibano. Daqueles no qual se faz de tudo para esquecer que aqui não tem praia, o clima é uma porcaria e o povo dirige muito mal. Muito bom como sempre.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Triathlon de Noel

Natal de 2010. Na verdade antevéspera de Natal, dia 23 de Dezembro. Faz 5 minutos que saí de uma reunião com um fornecedor crítico, que está quase parando a linha de produção de um de nossos clientes. Em mais 25 minutos entro em outra, com outro fornecedor crítico, que está quase parando a linha de produção de outro de nossos clientes. 2010 foi assim, basicamente uma corrida só, em três modalidades. Modalidade número 1, a já mencionada corrida atrás de peças para nossos clientes. Modalidade número 2, a emocionante corrida atrás do desenvolvimento pessoal. Já contei em outras ocasiões que todos os anos eu me isolo, por dois ou três dias, para fazer uma reflexão do ano que passou, das evoluções conquistadas e do que está por vir. Depois tenho o ano todo para dar os próximos passos. De fato dei muitos passos esse ano, mas sempre correndo contra o relógio. Clichê verdadeiro esse, como todos os clichês. E finalmente a melhor de todas. A modalidade número 3, corrida com revezamentos e ...

Despertadores

Eu não sou exatamente um cara místico, que acredita muito em que tudo acontece por um motivo e tal. Ou pelo menos não era até ter meu filho e começar a me aproximar da meia idade. Agora, de verdade, meu velho ter perdido a hora no meu primeiro dia de aula em um novo colégio sempre fez meu ceticismo cair de joelhos, por assim dizer. Explico. Meu velho nunca perde a hora. Pelo contrário, a hora é que perde ele. Sempre agitado, ligadão, a mil por hora, quais eram as chances dele dormir demais no primeiro dia de aula de dois dos seus três filhos no colégio novo? Bom, alguma chance deveria ter, pois foi o que aconteceu. E esse pequeno deslize foi o que salvou a minha vida, sem exageros. Como cheguei atrasado, as carteiras próximas aos meus colegas do antigo colégio já estavam todas tomadas. Sobrou um lugar do outro lado da sala de aula, bem no meio de três figuras lendárias da cidade. Para um piá de prédio, patologicamente tímido, vindo de um colégio de filhinhos de papai, sentar no meio ...

Nuke

Eu devia ter uns 12 anos quando o programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou um especial sobre as possíveis consequencias à população de uma guerra nuclear, à epoca iminente. Isso foi muito antes de eu abandonar de vez a Rede Globo, mas com certeza ajudou na decisão. Aquela cena me marcou muito, para não dizer aterrorizou profundamente. Talvez só a participação do Minotauro no sítio do pica-pau amarelo tenha chegado perto na categoria “vamos deixar essa criança sem dormir por uns dias”. E não estou usando da força de expressão aqui. De fato fiquei meses sem dormir direito. Com dois irmãos mais novos, todos dormindo no mesmo quarto, eu era o que tinha a cama perto da janela. A rua que passava ao lado do nosso quarto era de paralelepípedos. Todos os dias, perto das 11 da noite (madrugada para uma criança – sim, com 12 anos ainda éramos crianças então), o caminhão de lixo passava por ali, com aquele barulhão característico dos caminhões de lixo, amplificado pelo efeito trepidante dos p...